Entrega de equipamentos vai impactar a vida de agricultores familiares e comunidade indígena de Prado
O Governo do Estado realizou entregas nesta sexta-feira (13/09), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que irão movimentar a vida de agricultores e agricultoras familiares e de indígenas do município de Prado: uma unidade de beneficiamento de mandioca e um Kijêmi Tsaêhú Pataxó – Centro de Artesanato.
O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, lembrou que essa é a continuidade de entregas de equipamentos que iniciou, há 10 meses, com o mercado municipal. “Essa é uma parceria entre o Governo do Estado e o município de Prado para melhorar a vida das pessoas. Hoje, estamos entregando mais dois equipamentos importantíssimos, uma unidade de beneficiamento de mandioca, com investimentos desde a base de produção até à agroindústria, e também um voltado ao turismo para a aldeia indígena, que marca essa forte relação dos povos originários com o turismo comunitário”.
No distrito de Cumuruxatiba, a 35 quilômetros da sede do município, 40 famílias da Aldeia Kaí celebram a implantação desse novo espaço. “É uma obra de extrema importância para a comunidade e para desenvolver a etnovivência e o etnoturismo. Também está dando oportunidade para as pessoas levarem seus artesanatos e realizar as feiras de economia solidária para trazer também renda para a comunidade”, celebrou Ricardo Oliveira Azevedo, presidente da Associação Indígena Pataxó Aldeia Kai, que também representa as comunidades indígenas de Prado.
Na comunidade Aldeia Kaí, a nova estrutura vai abrigar atividades que irão proporcionar um grande fortalecimento organizativo e de aprendizagem na gestão de projetos e políticas públicas para o desenvolvimento sustentável da aldeia. Com a implantação do Kijême, o grupo contará com um espaço para também realizar reuniões com os membros da comunidade e receber turistas. A comunidade passa a contar ainda com um veículo utilitário e 50 cadeiras rústicas de madeira crua.
Mandiocultura
Totalmente requalificada, a unidade de beneficiamento de mandioca passa a contar modernos equipamentos como fornos, descascador, triturador, esfarelador, centrífuga e prensa, que irão qualificar o processo de produção e melhorar a qualidade da farinha e fécula, que já eram produzidas, além de possibilitar a inclusão de novos produtos, como beiju, tapioca granulada, pães de queijo e biscoitos.
A unidade, que irá beneficiar diretamente 65 famílias, entre elas, 40 assentadas de reforma agrária, e, indiretamente, 500 famílias, promove ainda a melhoria na eficiência operacional, atendimento aos requisitos legais da vigilância sanitária, produção de alimentos seguros, possibilidade de maior acesso ao mercado e incremento nas receitas. A previsão é de uma produção de 500 toneladas de farinha produzida por ano e mais 950 sacos de fécula de 25 quilos após quatro anos de intervenção.
Jonatas Nogueira, assistente técnico da Associação São Francisco e da Cooperativa Regional da Agricultura Familiar Agroecológica do Entorno do Descobrimento (Cafaed), ressaltou que a unidade vai agregar valor à produção de mandioca no Extremo Sul e viabilizar a comercialização. “A produção da agroindústria poderá ser comercializada nos mercados locais, no mercado atacadista, nos programas institucionais de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (PNAE), além de ser utilizada na alimentação dessas famílias, tornando o produtor mais independente e essa cultura mais visível no Extremo Sul da Bahia, mas também fazendo um papel social no campo, que é o de fixação do jovem no campo e retorno desses jovens para essas áreas, onde vislumbram um grande potencial e oportunidade na atividade da mandiocultura”.
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